Anjo Negro

Blue uma garota sorridente, tímida e que espalha felicidade por onde passa.
Draco um homem sombrio, arrogante, mal humorado e sem noção de sensibilidade.

Quando dois caminhos distintos se cruzam, nada de bom acontece.

Prólogo

Meu nome é Blue, sou uma sereia do cardume do norte.
Minha família não costuma ir a terra firme, mas me concederam um pedido quando pequena e escolhi ser criada em ambos os mundos.
Hoje em dia convivo nos dois mundos e tento pegar o que a de melhor em ambos.

Minha mãe é braço direito da rainha, que é minha madrinha.

Meus pais se casaram por um contrato para unir os reinos do Sul e do Norte. Mas graças a deusa da lua, se apaixonaram um pelo outro.

Como cresci em meio a realeza, muitos me consideram a futura rainha. Minha tia disse que provavelmente assumirei o trono.

Não acho necessário, mas também não questiono.
Nesse quesito eu sou muito certinha.
Uma de minhas piores qualidades na verdade.

A poucos minutos atrás, vim falar com minha família sobre entrar em uma faculdade de humanos.

Minha mãe me proibiu no começo, mas como meu pai é coração mole a convenceu a me deixar ir.

Me despedi de todos e minha tia me deu uma coroa falando que qualquer coisa ela me protegeria.

Confesso que não entendi, mas deixei isso de lado.

Nadei de volta à superfície e procurei um lugar isolado para me destransformar.

No tempo que fiquei aqui na superfície, descobri que sereias são só uma lenda. Que não existem.

Acreditem quando falo que fiquei surpresa ao descobrir mais sobre essas lendas.

São falsas, posso garantir.

Nosso canto não é usado para matar pescadores desavisados. Apenas para hipnose necessária.

Apenas sereias adultas fazem hipnose, as pequenas não são responsáveis para tal ato.

Depois que minha calda secou, me levantei e usei a água para fazer um vestido simples.

Outra coisa que nós sereias controlamos.

Agora que expliquei um pouco sobre minha vida, vocês vão entender minha história.

Capítulo 1

As veses me olho no espelho e penso que meu lar sempre foi aqui.
Claro que adoro o mar, mas ter pernas é muito melhor.

A sensação de mexer os dedinhos dos pés é indescritível.

Hoje quando acordei, dei uma caminhada na praia e fui tomar um banho.
De banheira é claro.

O único problema em parecer uma terráquea é evitar o contato com a água.
As veses me esqueço e quando vejo…..puf. Minha linda calda toma o lugar de minhas pernas.

Graças a deusa lua, nunca foi na frente de um humano.

Ontem me despedi de minha família e peguei um avião para Miami.
Não sei se aqui tem algum cardume, mas prefiro nem procurar. Não sei se são aliados.

No nosso mundo não temos guerras igual aos humanos. Apenas discussões por território.
E todos levam a sério as regras impostas pela rainha.

Também não temos essa coisa de machismo, o que eu acho extremamente desnessessario.
Tanto que as mulheres governam no Reino das sereias.

Ao longo de meus anos na superfície aprendi que nunca devo sair nua na rua.
Quando ainda era criança, sai uma vez e me levaram presa.
Sorte que o delegado da cidade achou ser apenas uma brincadeira boba de criança.

Para me sustentar comecei a trabalhar. Como todo dia mergulho pelos corais, resolvi me tornar mergulhadora profissional.

Com esse emprego, consegui vários objetos valiosos. Os vendo e consigo dinheiro para viver.

Entrei na faculdade apenas para me formar em alguma coisa.
Resolvi fazer biologia marinha. Vamos ver o que os humanos sabem dos animais aquáticos.

Minhas aulas começam amanhã. Então já deixei tudo pronto, falta apenas pegar meu carro na concessionária.

Se meus pais tivessem a curiosidade de vir a terra, iriam adorar os carros.
Eles amam apostar corrida em tubarões, imagina um carro que tem  o dobro de velocidade.

Balancei minha cabeça sorrindo e sai de casa em busca do meu carro.

Observei as pessoas nas praias e me perguntei se alguma delas sabia de nossa existência……
Se sabiam que nas profundezas vivem monstros sanguinários e grandes.

Deixei um sorriso de divertimento escapar e entrei na loja de veículos.

Indiquei o nome do carro e meu CPF para a moça finalizar a compra.

30 minutos depois, sai dirigindo minha mais nova paixão.
Um lindo conversível rosa.

Dirigi até minha casa e comecei a preparar o almoço.

Essas coisas enlatadas de supermercado não se comparam a comida do mar. Mas na falta dela servem para encher a barriga.

Me sentei no sofá e liguei a liguei a melhor coisa criada pelos humanos.  A televisão.

Passei o resto dia vendo filmes de romance. Uma sereia também pode sonhar com um clichê.

Ao fim do dia, sai e fim uma caminhada curta até o mar.
Nadar a noite sempre foi minha melhor diversão.

Assim que coloquei os pés na areia escutei um chamado.

Andei vagarosamente até o mar e vi um tubarão me olhando.

Entrei na água e senti minha calda aparecer.
Meus seios são cobertos por pequenas conchas para não ficarem expostos.

Me aproximei do tubarão e fiz uma pequena reverência.

Eu: Em que posso ajudar? – perguntei.

Tubarão: Vossa majestade mandou um recado real – falou agitando a barbatana – um monstro escapou da prisão e está livre no mar, Tatiana pede para que tome cuidado ao nadar – disse preocupado.

Arregalei os olhos com o que foi dito. Isso jamais havia acontecido até agora.

Eu: Muito obrigada por dar esse recado, vou tomar bastante cuidado e você também – falei séria.

O tubarão assentiu e foi embora nadando rapidamente.

Nadei por alguns minutos e sai da água.

Não irei me arriscar com esse mostro.

Voltei para casa e arrumei algumas coisas fora do lugar antes de ir dormir.

Amanhã acordarei cedo e não quero estar com sono no meu primeiro dia.

Capitulo 2

Sim, acordei e estou um pouquinho de nada atrasada.

Corri para entrar no carro e joguei meus materiais no banco de trás.

As veses queria saber me teletransportar, mas sereias não sabem fazer isso.

Fiz 160/h e cheguei na faculdade 2 minutos atrasada.
Mas parece que me enganei um pouco, porque estão todos do lado de fora.
Estacionei em uma vaga vazia, comecando a ficar anciosa e incrivelmente vermelha, porque todos estão encarando meu carro.

Esperei para ver se paravam de olhar, mas não resolveu muita coisa.

Mandei minha vergonha de volta para o mar e sai do carro.
Peguei minha coisas e comecei a andar pelo campus.

Andei até a sala do reitor e bati levemente na porta.
Após escutar um ‘entre’, entrei e me sentei na cadeira disponível.

Irei pagar o primeiro mês de faculdade para não dar problemas depois.

Tirei um talão de cheques da bolsa e preenchi o valor necessario.

Com tudo acertado, me levantei e parti para minha aula.

Entrei e todos estavam conversando. Achei uma cadeira vaga na primeira fila e me sentei.

Observei a curiosidade no rosto de algumas pessoas, acho que era a única nova.

Sim, todos ali já eram colegas a muito tempo. Eu entrei em uma turma avançada, então não conhecia ninguém.

Quando o professor entrou, todos sentaram em seus lugares e começaram a apertar atenção.

Seus métodos de ensino são muito primordiais. Suas palavras não tem muita veracidade. Seus conceitos são básicos.

Me afundei na cadeira e fechei meus olhos, me imaginando em casa brincando com minhas tias.

Humanos tem conhecimento básico sobre animais marinhos. A muito para descobrirem.

Para eles um tubarão é um animal extremamente perigoso. Para nos ele é dócil, amável, companheiro e brincalhão.

Após 3 horas de aulas, saímos para um intevalos de 30 minutos.

Caminhei pela faculdade tentando achar o refeitório.
No caminho encontrei uma garota sentada no chão e corri até ela.

Eu: Você sabe me indicar onde fica o refeitório? – perguntei tímida.

A garota me olhou assustada e logo sorriu.

XXX: Claro, vem comigo – me puxou e começou a andar.

Andamos por uns 2 minutos e logo avistei um local repleto de pessoas.

Senti meu rosto corar e minha boca secar. Nunca é bom ficar em um lugar com pessoas desconhecidas.

Abaixei um pouco a cabeça e entramos naquele lugar lotado.

XXX: Ali é onde pegamos nossa comida – apontou para um balcão – vamos lá pegar e nos sentar – completou largando minha mão.

Andei atrás dela e peguei um salgado com um copo de suco.
Já ela pegou um pedaço de bolo e uma coca cola.

A segui e nos sentamos em uma mesa afastada de todos.

Eu: Qual seu nome? – perguntei mexendo meus dedos no colo.

XXX: Agatha e o seu?- falou sorrindo

Eu: Blue – respondi com um sorriso tímido.

Agatha: Bom Blue, apartir de agora seremos eu e você contra o mundo – falou piscando um olho.

Sorri e continuamos comendo até ver que o lugar se tornou silencioso.

Ergui a cabeça confusa e vi um cara andando entre as pessoas e empurrando algumas.

Eu: Quem é ele? – perguntei preocupada.

Agatha: Draco Williams – respondeu com nojo na voz – o maior babaca de todos os tempos, se eu fosse você não passava perto dele – avisou suspirando.

Eu: Muito ruim? – perguntei surpresa.

Agatha: Não importa se é mulher ou homem, se olhar para ele errado ele mata – deu de ombros como se não acaba-se de dizer que o homem mata pessoas.

Eu: O que? – gritei chamando uma atenção desnessessaria – ele mata pessoas? – perguntei mais baixo.

Agatha: Dizem que sim, a maioria dos rumores estão certos – falou novamente dando de ombros.

Olhei para o homem e peguei seu olhar em uma pobre garota encolhida no canto da parede.

Seu andar até ela era como o de um predador em sua presa.

Olhei ao redor e as pessoas não faziam nada, em seus olhares havia apenas medo.

Olhei o bebedouro do outro lado do refeitório e tive uma ideia.

Esquentei a água até seu ponto de ebulição e explodi o objeto atraindo assim a atenção de todos, inclusive a de Draco.

Deixei um sorriso escapar ao ver que a menina havia fugido.

Agatha: Nem me surpreendo mais – resmungou terminando seu bolo.

Dei uma risada baixa e terminamos de comer em paz, já que Fraco tinha saído ameaçando matar quem o distraiu.

Tadinho, ele acha que pode matar uma sereia.

Capítulo 3

Quando minhas aulas acabaram, peguei o braço de Agatha e nos tirei daquele local o mais rápido possível.

Nesse restante de tempo fiquei sabendo que Draco havia batido em mais 3 pessoas.

Onde um homem daqueles tira coragem para tal ato?
Algo tão bruto e doloroso.

Me despedi de Agatha no campus e fui até o estacionamento da faculdade.

Abri minha bolsa para tirar a chave do carro e acabei esbarrando em alguém.

Eu: Me desculpe – falei levantando a cabeça.

Assim que vi em quem tinha esbarrando dei um passo para traz.
Draco Williams estava na minha frente com um semblante sombrio e frio.

Seus olhos me olharam de cima a baixo e ouvi um rosnado sair de sua boca.

Acho que irritei ele – pensei dando um passo para trás.

Eu: Me desculpa mesmo – falei correndo até meu carro.

Abri a porta e rapidamente entrei. Olhei para traz e não vi mais seu corpo ali.

Respirei aliviada e dirigi para fora dali.

Em questão de minutos cheguei em casa.

Preparei um macarrão instantâneo e me sentei para ver um filme.
Fiquei quase a tarde toda deitada no sofa. Quando anoiteceu, peguei meu carro e fui até a praia.

Estacionei em uma rua lateral e fui andando até a areia.

Não! Eu não esqueci do monstro solto no mar, mas eu nadando agora é uma maneira de provar que a praia está segura para os humanos.

Andei vagarosamente pela areia aproveitando a sensação dos finos grãos tocando meus dedos e esfriando minha pele quente.

Olhei para o mar e vi que está bastante agitado. Olhei também ao redor e vi uma silhueta ao lonje caminhando para onde estou agora.

Me assustei e sentei na areia para parecer que estou apenas aproveitando a paisagem.

Não quero levantar suspeitas.

Agucei meus sentidos e escutei os passos da pessoa logo atrás de mim.

Fiquei imóvel e esperei essa pessoa ir embora.
Mas isso não aconteceu.

Ao invés disso, senti uma mão pegar meu cabelo e o puxar para traz violentamente.

Gritei pelo susto e coloquei a mão por cima da mão da pessoa.
Que reconheci ser de homem por serem bem maiores que a minha.

Eu: Me solta – gritei tentando ver quem me segurava.

XXX: Achou mesmo que depois de trombar comigo irá sair ilesa? – perguntou uma voz bastante sombria.

Pensei, pensei e a única pessoa que me veio a cabeça foi Draco.

Eu: Draco – falei sentindo o pânico me invadir.

Draco: Acho que não nos conhecemos – susurrou mordendo meu pescoço.

Não foi uma mordida leve e sim uma forte.

Gemi de dor e balancei minhas pernas, pegando impulso e me jogando para traz.

O derrubei no chão e me levantei apressada.

Eu: Você gosta de morder? – perguntei sorrindo meiga.

Me comuniquei telepaticamente com alguns caranguejos e logo seu corpo estará cheio de mordidas.

Fechei meu sorriso e corri dali, ouvindo seus surtos de raiva.

Corri até o carro e me tranquei lá dentro, dirigindo para casa em seguida.

Durante o caminho coloquei a mão no pescoço e percebi que a mordida ainda não tinha se curado.

Estranhei esse fato, porque meus machucados nunca demoraram para se curar. Mesmo sendo fundos.

Quando cheguei, fui até o banheiro e fiz um curativo com gazes. Vamos ver se amanhã ele estará curado.

Tomei um banho de banheira e me deitei nua mesmo. Não a nada o que se fazer agora a não ser dormir.

Quando acordei no outro dia, me sentei ofegante na cama e olhei para meu despertador. Acordei assustada por causa do barulho que esse pequeno troço faz.

Me arrumei para ir na faculdade e fiquei com um pouco de receio para encontrar Draco novamente.

Não sei o que ele irá fazer, mas do geito que me pegou ontem, não vai ser nada bom.

Coloquei a cafeteira para funcionar e preparei um misto quente.
Um café rápido sempre é bom.

Alguém minutos depois peguei o carro e fui para a faculdade.

Tenho que voltar a mergulha atrás de objetos valiosos para minha coleção.
E ajudar minha família com a caça ao monstro que fugiu, mas isso eu farei depois.

Por enquanto tenho que me livrar de Draco Williams. E rezar para que ele não me machuque, ou terei que tomar medidas um pouco violentas demais.

Capítulo 4

Estacionei meu carro na mesma vaga de ontem e logo de cara vi Draco parado na entrada do prédio.

Meu coração parou por alguns segundos e quando voltou estava acelerado.

Pensei em dar meia volta e não ir para a aula, mas não me inscrevi e fiquei aturando um professor que não sabe de nada atoa.

Sai do carro de cabeça erguida e andei calmamente até a entrada.

O olhar de Draco está grudado a cada passo meu, me acompanhando com um ódio incomum. Suas mãos fechadas em punho e seu maxilar travado.

Deixei um pequeno suspiro escapar ao pensar que um homem tão bonito por fora, fosse tão feio por dentro.

Passei por ele respirando seu forte perfume amadeirado e senti sua mão segurar meu pulso com força.

Eu: Solta meu braço – falei calma.

Draco: Você me deve uma conversa – falou me olhando psicoticamente.

Eu: Não te devo nada – falei puxando meu braço – me deixa em paz – rosnei correndo para minha sala.

Sentei na cadeira e logo o professor entrou.
Respirei fundo acalmando meu coração e copiei o que está sendo escrito no quadro.

Fiquei tão preocupada com Draco que não procurei Agatha pelos universitários.
Me repreendi mentalmente e fiz uma jura de procura-la no intervalo.

3 aulas depois, sai da sala e comecei minha procura.

Agatha estava sentada em uma mesa no fundo, mas quando me viu se levantou e veio correndo.

Agatha: Bom dia, fiquei sabendo que é a nova diversão do Draco, eu te falei pra tomar cuidado Blue – falou preocupada.

Eu: O que? – perguntei confusa.

Agatha: A Universidade toda tá comentando sobre você ser a nova vítima do Draco amiga – explicou.

Eu: Eu esbarrei nele ontem – falei dando de ombros – desde então ele não me larga mais – completei bufando.

Agatha: Seu pior erro foi ter esbarrando nele amiga, Draco detesta que encostem nele – falou de olhos arregalados.

Eu: E eu tenho culpa? – perguntei zangada.

Peguei minha comida e me sentei no chão mesmo. Agatha se sentou ao meu lado e passamos o intervalo todo olhando ao redor atrás de Draco.
Mas graças a deusa da lua ele não apareceu.

No fim de tudo, consegui ficar o resto da manhã sem vê-lo.

Quando fui embora, vi que meu carro está todo sujo de tinta.
Arregalei os olhos e vi um pequeno bilhete no parabrisa.

Isso é o começo!

Amacei o papel e joguei lonje. Ouvi alguns comentários maldosos e fechei meus olhos respirando fundo.

Quando os abri novamente, entrei no carro e dirigi até o lava jato mais próximo.

Passei quase a tarde toda esperando a limpeza ficar pronta.
Gastei um fortuna só pra limpar.

Assim que cheguei em casa, fiz um almoço atrasado e fui arrumar a casa. Com luvas de borracha claro.

Logo depois me sentei no sofá e peguei meu telefone.
Não tem nenhuma mensagem, peguei só pra ficar jogando.
De amiga só tenho a Agatha e minha família nem sabe o que é um telefone.

Nos comunicamos através de uma concha mágica, ela tem o mesmo papel de um telefone só que menos moderna.

Carrego a minha em qualquer lugar que vou dentro da bolsa.

Quando enjoei do jogo, me levantei e fui para o quarto. Vou dormir.

Coloquei um pijama confortável de bolinha e me cobri.

Em alguns minutos estava dormindo profundamente.

Sabe Quando acordamos no meio da noite com uma sensação estranha no peito?
Pois é, eu estou sentindo isso agora.

Me sentei na cama ofegante e tive uma leve sensação de estar sendo observada.
Mas o quarto está vazio, então é só paranoia.

Fiquei durante alguns segundo olhando para o nada até que ouvi o barulho da concha.

Minha mãe está me ligando – pensei confusa.

Estiquei a mão até o criado mudo ao lado da cama e a peguei.

Eu: Mãe? – perguntei curiosa.

XXX: Não minha querida, sua tia – falou com uma voz triste.

Eu: Tia? – perguntei para mim mesma  – o que aconteceu para a senhora me chamar a essa hora? – perguntei novamente.

Tia Tatiana: Meu amor o que tenho para falar agora vai doer muito, mas você terá que aguentar – avisou e ouvi que respirou fundo.

Eu: Pode falar tia – disse me levantando.

Tatiana: Sua mãe saiu junto aos soldados para procurar e prender os monstros que fugiram, a poucos minutos recebemos a notícia que ninguém sobreviveu a missão – falou com a voz embargada.

Capítulo 5

Abri a boca para perguntar se era verdade, mas minha voz não saiu.
Senti minha respiração parar e meus olhos se encherem de água.

Apertei a concha em minha mão e a arremecei na parede, soltando um grito de dor.
Senti as lágrimas decerem e o desespero se apossou de mim.

Olhei ao redor no quarto sem saber o que fazer. Minha mãe, minha protetora, meu refúgio para chorar está morta.

Olhei para minhas mãos e peguei meu despertador o jogando na parede. Seguido dele foram meus lençóis e  meu criado mudo.

Meu quarto está destruído, mas ainda não se compara a meu coração.

Coloquei meus chinelos e sai correndo do quarto. Não vou deixar esses monstros saírem impune.

Eles mecheram com a futura rainha de oceana.

Entrei no carro, vendo um vulto preto passar por mim e dirigi até a praia.
No momento não estou ligando pra nada a não ser vingança.

Dirigi em alta velocidade até a praia e estacionei uma rua atrás.

Corri até chegar na areia e respirei fundo olhando para o céu.

Eu: Porque deusa, porque a tirou de mim? – gritei para a lua.

Me ajoelhei e deixei que mais algumas lágrimas saíssem.

Quando me levantei, o sol começava a surgir no horizonte.

Irei perder algumas aulas, mas minha mãe vale a pena.

Andei até chegar na água e mergulhei sentindo a transformação.

Nadei até o cardume, encontrando os guardas de cabeça baixa indicando luto.

Espantei as lágrimas e adentrei o castelo. Procurei minha tia pelos cômodos e não a achei.

Vi uma criada passando e nadei até ela.

Eu: Com licença, a senhora viu minha tia? – perguntei a mulher que me olhou tristemente.

XXX: Em seu quarto alteza – falou com carinho.

Agradeçi e fui até lá.

Entrei em silêncio e vi minha tia chorando na cama.
Andei até ela e a abracei.

Eu: Vou precisar do meu tridente – falei olhando minha cama.

Não quero ver a decepção estampada em seus olhos.

Tatiana: Você vai atrás deles não é mesmo? – perguntou docemente.

Eu: Vou, eles mataram minha mãe, nada melhor que a vida deles para compensar – falei com ódio.

Tatiana: Sabe que irá resolver nada mata-los – falou acariciando meu cabelo.

Eu: Eu sei – respondi chorando novamente – mas eu preciso fazer alguma coisa para resolver a situação – finalizei a conversa.

Tatiana: Seu tridente está no mesmo lugar que o meu – falou sorrindo – sua mãe era igualzinha a você nesta idade – relembrou.

Sorri triste e lhe dei um último abraço.

Rapidamente nadei até o cofre da rainha e vi meu tridente em uma caixa de cristal.

O peguei e senti sua energia passar por meu corpo. Não a nada mais poderoso para uma sereia que seu tridente.

Criado pela própria deusa lua e passado por gerações.

Nadei até a saída do castelo e encontrei minha tia junto a um batalhão de soldados.

Tatiana: Não achou que iria sozinha achou? – perguntou sorrindo.

Balancei a cabeça e lhe dei um abraço apertado.

Eu: Não posso arriscar a vida de tantos homens – falei triste.

Tatiana: Meu bem, eles não estão aqui porque mandei e sim porque querem vingar quem matou sua mãe – falou doce.

Olhei para esses homens e dei um sorriso encorajador.
Eles querem arriscar a vida para vingar minha mãe, não tem ato mais valioso que esse para mim.

Eu: Onde foram vistos por último? – perguntei me referindo aos monstros.

Tatiana: Não foram ambos e sim apenas um – falou me fazendo erguer uma sombrancelha.

Eu: Nível? – perguntei preocupada.

Se um monstro fez isso, imagina dois juntos.

Tatiana: Nove – falou com sua voz de rainha – tome cuidado Blue, não quero perder mais alguém da minha família – completou me abraçando apertado.

Eu: Não vai – garanti.

Tatiana: Mar de Anguras – disse a localização do monstro – se em 7 dias não voltarem, mandarei soldados atrás de vocês – finalizou entrando no castelo.

Acenti mesmo que ela não visse e me virei para os homens atrás de mim.

Eu: Preparados? – perguntei séria.

Ouvi um coro de sim e dei um sorriso confiante.

Não era apenas vingança, agora se tornou um ataque contra o reino.
Minha tia não deixará isso barato, muito menos eu.

Teremos trabalho para lidar com um monstro nível 9, mas uma coisa que minha mãe não tinha e eu tenho é determinação.

Ela lutava apenas pelo mundo das sereias, eu luto por todos os mundos. Das sereias e dos humanos.

Se esses monstros chegarem a praia, teremos uma catástrofe enorme.

Capítulo 6

Para não cansar muito, pegamos carona com algumas baleias azuis.
Elas concordaram em nos levar até metade do caminho.

O resto seguimos sozinhos.

Horas depois, chegamos em uma ilha. Não sabia se era habita, mas servia como referência.

Estamos bem no meio do mar de Anguras.

Eu: Iremos descansar um pouco e depois continuamos as buscas – falei alto para todos me ouvirem.

Ouvi um coro de sim senhora e sai da água. Como os guardas não são  acostumados a ficar em terra, apenas eu sai.
Peguei meu tridente e fui explorar a ilha.

Mais tarde eu descanso, preciso manter minha cabeça ocupada para não começar a chorar novamente.

Adentrei as árvores, vendo diversos insetos rastejarem pelo chão.
Me pergunto como eles podem ser tão venenosos para os humanos.

Para sereias e tritoes nenhum animal da terra é venenoso. Comprovei essa hipótese sendo picada por uma cobra quando criança.

Andando a um tempo aproveitei que estava sozinha na ilha e fiz minhas necessidades.

Quando me levantei, peguei o tridente e me virei, planejando voltar para a praia.

Mas um grande inconveniente estava parado na minha frente e a única coisa que estava passando por minha mente era: ele me viu fazer xixi?

Senti meu rosto esquentar e dei um passo para trás assustada com aquele ser.

Na minha frente estava um fera de uns 3 metros de altura, rosnando e em posição de ataque. Seu pelo preto e sua dominância me fazem querer correr.


Eu: Calminha garoto – falei usando minha voz de sereia – não queremos ninguém machucado aqui, queremos? – perguntei doce.

A fera rosnou ainda mais e ergueu uma das enormes patas.
Acho que meu encanto não funcionou nele.

Pulei para o lado a tempo de desviar de suas garras e rosnei irritada.

Eu: Você ia mesmo me matar? – perguntei fechando as mãos em punhos.

Em resposta ele se curvou e arrancou um tronco de árvore.

Ok, se ele irá jogar aquilo em mim acho melhor não provocar mais.

Dei um sorriso amarelo e sai correndo para a praia.
Escutei seus passos atrás de mim e logo sua mão peluda agarrou minha cintura e me jogou no chão.

O tridente vôo para lonje de mim e  senti minha costela trincar.

Me sentei com dificuldade e estiquei a mão.
Segundos depois o tridente me alcançou.

Olhei para a enorme fera e decidi por um fim nisso. Não a matarei, mas a deixarei bastante machucada.

Preparei o tridente para ser lançado e me levantei.

Eu: Acabou a brincadeira – rosnei em sua direção.

Lancei o tridente e acertei seu ombro direito.

A fera urrou e puxou o tridente.

Eu: Acho que isso é meu – falei esticando a mão.

O tridente saiu de sua pata e veio até mim novamente.

No instante seguinte, ouvi um alvoroço e logo gritos chamando meu nome.

Olhei sorrindo para a fera e comecei a correr novamente.

Acho que entendi o significado de todo o alvoroço. O monstro finalmente apareceu.

Cheguei cansada na praia e senti meu coração parar.

O monstro é enorme, entendi porque tantos morreram para tentar mata-lo.

Parei na beirada da areia e decidi lutar em terra, por enquanto.

Olhei os soldados tentando se aproximar e vi que o monstro está protegendo um tentáculo em especial.

Senti meu corpo ficar leve e vi o tridente brilhando.

Ele reconheceu a batalha.

Respirei fundo e olhei para o céu. O sol está alto, significando visibilidade estendida.

Apontei o tridente para a cabeça do monstro e sorri maligna.

Eu: Você vai morrer – avisei olhando em seu rosto.

Levantei a mão e usei a água a meu favor.

Formei uma corda de gelo e usei para prender alguns de seus tentáculos, enquanto meus quadras cortavam os que sobraram.

Olhei quando sua boca se abriu e um poder estranho saiu de lá, acertando 3 soldados que viraram pó.

Eu: NÃO – gritei furiosa.

Ergui o tridente e apontei em sua direção.
Raios saíram e atingiram seu boca.

O mostro urrou de dor e se aproximou de mim pronto para lançar seu poder novamente.

De um sorriso em desafio e levantei ambas as mãos, formando uma cortina de água entre ele e eu.
Congelei essa cortina e joguei pequenas rajadas de raios.

Assim que o monstro encostar nela, irá levar um choque tão grande que ficará desnorteado.
Desse geito, cortarei o tentáculo que ele está protegendo e acabamos com ele.
Mas nada é fácil como parece.

Capítulo 7

Assim que o monstro encostou na cortina de gelo, seu corpo começou a tremer.

Meus soldados gritaram e olharam para mim.
Comemoraram antes da hora, logo depois dos gritos a cortina de gelo caiu e o monstro ainda está de pé.

Arregalei os olhos e dei um passo para traz.

Ok, vamos para uma última alternativa.

Me posicionei de uma maneira estratégica sobrea a areia e comecei um pequeno encantamento com a água.

Irei transferir minha alma e formar um monstro de água do tamanho desse em minha frente.

Não é uma coisa fácil de fazer, mas para derrota-lo faço qualquer coisa.

Senti o tridente balançar e vi quando a água começou a levantar.

Dentre poucos segundos senti meu corpo formirgar e quando percebi estava no mostro de água.

Olhei meu corpo caído na areia, pensando que estava desprotegido e mandei um guarda o proteger.
Peguei o tridente agora grande e sorri.

Agora que estamos de igual para igual, vamos que quem vive – pensei sorrindo para o monstro.

Corri até ele e lancei meu corpo sobre o seu, pegando seis de seus tentáculos e os cortando.

Logo em seguida segurei em sua cabeça e enfiei o tridente em sua boca.

Uma gosma preta escorreu em meu braço e queimou a água por onde passava.

Percebi que ficaria queimado em meu corpo também.

Aproveitei seu momento de dor e alcancei seu tentáculo protegido.
O puxei com todas as forças e separei de seu corpo.

O monstro cambaleou e recuou, me dando brecha para continuar investindo.

Dei um soco em seu estômago e uma rasteira em sua calda. Assim que ele caiu, meus guardas começaram a cortar seu corpo.

Ouvi seus gritos e só consegui sorrir. Deveria ficar triste por ter ajudado a matar alguém, mesmo que seja um monstro.

Mas não estou.
 
Olhei diretamente em seu olho e acabei com sua vida, cortando sua cabeça.

Quando percebi o que tinha feito, sorri não acreditando.
Eu matei um monstro nível 9.

Mas Logo esse sorriso se desmanhcou ao lembrar que esse monstro matou minha mãe.

Olhei o tridente em minha mão e me concentrei em voltar ao meu corpo de origem.

Segundos depois, despertei na areia. Meu corpo está um pouco dolorido, mas nada que o tempo não resolva.

Me levantei e olhei o corpo do monstro morto na água.
Teríamos que levar seu corpo para jogar no poço do infinito. O Local mais fundo do oceano.

Olhei meus guardas em formação e suspirei.

Eu: Vamos embora – falei firme – matamos esse mostro em nome daqueles que morreram tentando – conclui.

Olhei para a mata, me lembrando do outro monstro com quem lutei e respirei profundamente.

Irei descobrir o que ele é, e o matarei por me machucar.

Voltei para a água e apontei o tridente para a carcaça do monstro.
O coloquei em uma bolha de água e comecei a nadar.

A noite já estava aparecendo, então a lua iluminava nosso caminho.
Nos guiando em nosso trageto.

Nadamos a maioria da noite até o poço e quando chegamos o monstro foi jogado ali, para ser esquecido pela eternidade.

Como estamos todos muito cansados, perguntei a meus soldados se queriam uma pausa para dormir. A maioria recusou preferindo ir para suas casas.

Concordei com eles e recomeçamos a nadar.
Na manhã do outro dia chegamos a oceana.

Dispensei os guardas lhes dando uma semana de folga por sua coragem e fui a procura da rainha.

Quando entrei no castelo encontrei minha tia comendo algumas ostras.

Eu: Tia – chamei sorrindo levemente.

Tatiana se virou para mim e arregalou os olhos surpresa.

Tatiana: Blue – susurrou nadando e me apertando em um abraço apertado.

Apontei minha cabeça em seu ombro e suspirei me sentindo em casa.

Eu: Eu o matei – sussurrei em seu ouvido.

Minha tia se afastou e olhou bem fundo em meus olhos.

Tatiana: Se sentiu melhor? – questionou suave.

Neguei com a cabeça e deixei que as lágrimas caíssem.

Eu: Não – falei triste.

Fui levada até meu quarto e me deitei na cama.

Tatiana: Nem sempre matar resolve meu bem – disse acariciando meu cabelo – aprendemos isso da pior maneira possível – falou para si mesma.

Eu: Já matou algum monstro? – perguntei curiosa.

Tatiana: Não meu bem, mas foi algo parecido – sorriu me abraçando e saindo.

Olhei meu tridente no canto do quarto e fechei meus olhos, pensando que tudo não tinha passado de um sonho.

Capítulo 8

Quando acordei, minha tia estava deitada ao meu lado.
Me levantei sem fazer muito barulho e sai do castelo.

Tenho que voltar a superfície e continuar minha vida. Não posso me afundar na morte de minha mãe.

Assim que coloquei a cabeça para fora da água, uma rede caiu sobre mim.

Olhei assustada para o lado e não vi nada. Nenhum barco pesqueiro.

Olhei para cima e vi uma criatura voando em um misto de sombras.

Me mexi tentando soltar minha calda, mas não consegui.

Tentei inutilmente usar a água ao meu favor, mas a criatura com um simples estalar de dedos incapacitou meus movimentos.

Revirei os olhos e senti uma pontinha de medo aparecer. Nada de bom sairá disso.

A criatura se aproximou até ficar cara a cara comigo e jogou um pó em meu rosto.

Franzi a testa ao sentir meu corpo ficar mole e minhas pálpebras pesadas.

Esse infeliz vai me colocar pra dormir!

Olhei em seu rosto coberto por uma névoa e fechei meus olhos.

Quando os abri novamente, estava deitada na minha cama.
Pensei na possibilidade de tudo não ter passado de um sonho, mas soube pela dor no meu coração que foi real.

Me levantei tonta e fui até o banheiro.
Meu reflexo está horrível, meu humor pior ainda.

Peguei meu telefone e vi as horas. Três e meia da manhã.

Tirei minhas roupas e tomei um rápido banho.
Quando acabei vesti um pijama leve e caminhei até a cozinha.

Amanhã arrumarei meu quarto, tudo está destruído. Sobrou apenas a cama intacta.

Bebi um copo de água de coco para hidratar e voltei a me deitar.

Não me sai da cabeça o que aquela coisa fez comigo. Não notei nada estranho em meu corpo, então não fui machucada.

Por sua descrição, acho que é aquilo que os humanos chamam de morte.
” Um corpo com um manto preto, uma foice na mão e uma névoa em seu rosto.”

O que essa morte quer comigo e porque não me fez nada?

Balancei minha cabeça e me concentrei em apenas dormir novamente.

Horas mais tarde meu corpo não estava mais tão mole, sendo assim poderei ir a faculdade sem problemas.

Me levantei e arrumei minha roupa para ir. Para o café fiz um bolo de cenoura e um suco natural de laranja.

Assim que terminei de comer, entrei no carro e sai.
Cheguei 15 minutos depois e parei no estacionamento.

Como sempre o campus está lotado de estudantes.
Andei por entre eles procurando Agatha. Ela provavelmente vai perguntar porque fiquei tanto tempo sem aparecer.
Minha resposta será simples, luto!.

Uma meia verdade. Mas ela não saberá a história completa.
 
Algum tempo depois a encontrei saindo do banheiro.

Eu: Bom dia – falei sorrindo.

Agatha: Bom dia nada, some por 3 dias e agora vem como se nada tivesse acontecido – falou brava.

Eu: Minha mãe morreu – falei apenas.

Vi sua expressão de ódio virar arrependimento.
Não a culpei afinal eu sumi mesmo.

Agatha: Sinto muito amiga – me abraçou apertado.

Fechei meus olhos e deixei seu abraço me consolar. Quando precisamos um abraço vale mais que mil palavras.

Nos afastamos e dei um sorriso forçado.

Eu: Como andam esses dias sem mim? – perguntei.

Agatha: Chatos, acredita que Draco bateu em 7 pessoas anteontem – disse indignada.

Arregalei meus olhos e senti um arrepio na espinha.

Eu: Que horror, como um homem desse não foi expulso ainda? – perguntei assustada.

Agatha: Ele tem o diretor na palma da mão – falou dando de ombros.

Balancei a cabeça e nos puxei para as salas. A aula já ia começar.
Deixei Agatha em sua sala e fui para a minha.

Assim que me sentei o professor começou a falar.

Nosso tema hoje é biodiversidade. Esse assunto os humanos sabem bem. Pelo que o professor falou, teremos o resto do dia para pesquisar a vida de um animal marinho.

Todos ficaram eufóricos, afinal quanto antes acabar mais cedo irão embora.

O professor nos levou a uma sala repleta de computadores e ordenou que começassemos.

Não precisei utilizar o meu, afinal sabia mais que eles sobre os animais marinhos.

Escolhi detalhar a vida do polvo comum.
Um polvo bastante amigável em relação aos outros e bastante inteligente.

Acabei meu trabalho em questão de 20 minutos.
Quando entreguei ao professor, peguei minhas coisas e sai da sala.

Não irei embora, ficarei na biblioteca esperando Agatha.
Irei chama-los para sair comigo hoje, quem sabe arejar a cabeça não resolva meus problemas.

Capítulo 9

Assim que entrei na biblioteca, me assustei ao ver Draco em uma mesa com seus amigos.

Pensei em sair correndo e aproveitar para ir embora, mas me lembrei de Agatha.

Andei calmamente até a mesa mais distante deles e me sentei de modo que não olhasse para eles.

Peguei meu celular e comecei a pesquisar coisas sobre o animal que me atacou na ilha.

Achei dois nomes em comum: lobos e lobisomem.

Dei um suspiro frustrada e desliguei o telefone.
Pode até ser que lobisomens existem, mas não explica o fato dele me atacar.

Olhei para o relógio na parede e vi que faltavam 10 minutos para o intervalo.

Me levantei, juntei minhas coisas e andei até a porta.
Mas tive que passar por Draco e seus homens, o que não foi uma boa ideia.

Ele agarrou meu braço e me empurrou até uma parede.
Arregalei meus olhos e senti meu estômago se contrair.

Draco: Não acha que fugiu tempo demais? – perguntou maldoso.

Balancei a cabeça negtivamente e mordi o lábio. Movimento acompanhado de seu olhar.

Senti minha respiração ficar pesada e repreendi meu coração por ter acelerado.

Não é possível gostar de alguém tão cruel é?

Draco aproximou seu rosto do meu e deu um sorriso sinico.

Draco: Acho que alguém aqui gostou do meu toque – zombou para seus amigos.

Senti uma raiva incomum crescer dentro de mim e soquei seu rosto com toda minha força.

Ouvi seus amigos surpresos e sai correndo de seu aperto.

Quando cheguei ao refeitório vi que vários estudantes já estavam comendo.

Peguei minha comida e me sentei para esperar Agatha, que chegou minutos depois.

Eu: Vamos ao shopping hoje? – perguntei tentando disfarçar o medo.

Agatha: Claro – respondeu animada – tenho mesmo que comprar outra mochila para mim – reclamou se sentando.

Forcei um sorriso e vi Draco entrar no refeitório.

Seu olhar estava grudado ao meu, um olhar maldoso e sombrio.

Voltei a olhar Agatha e comi o resto da comida em meu prato.

Não me arrependo de ter batido em Draco, mas a vingança está estampada em seu rosto.

Quando todos começaram a voltar para a aula me despedi de Agatha e fui até o estacionamento.

Sei que Draco está me seguindo, mas não farei nada. Se ele tentar me bater o mato sem pensar duas veses.

Me virei para ver o quão perto estava e levei um susto ao vê-lo colado a mim.

Dei um passo para traz e bati contra meu carro.

Draco: Não foi uma boa ideia me dar um soco amorzinho – ironizou rosnando.

Eu: Não é uma boa ideia você ficar me seguindo idiota – disparei frustrada.

Ele ergueu uma sombrancelha e levou sua mão até meu cabelo.

Draco: Esta muito atrevida amorzinho – rosnou novamente.

Segurei seu pulso quando senti sua mão puxar meu cabelo, expondo meu pescoço.

Draco: Vou te dar apenas um aviso amorzinho, não mexa com a morte ela pode ser perigosa – susurrou mordendo meu lóbulo.

Senti novamente um frio na espinha e quando vi Draco não estava mais na minha frente.

Entrei no carro com o coração na mão. Ele acabou de me ameaçar?

Dirigi até em casa com a cabeça cheia de pensamentos.
Esse cara está passando dos limites.

Assim que entrei, preparei um almoço rápido e comi assistindo um filme.
Logo depois mandei uma mensagem para Agatha confirmando nossa saída.

Não vou perder meu tempo pensando em Draco e suas maldades.
Acabei de perder minha mãe, matei um monstro nível 9, fugi da minha tia e ainda tenho um quarto destruído para arrumar.

Muitas coisas na cabeça para me preocupar.

Aproveitei que estava com meu celular na mão e entrei em um site de compras.
Comprei um criado mudo e uma estante para meus livros da faculdade.

Em uma hora entregaram tudo. Arrumei meu quarto e fui trocar de roupa para sair.

Agatha me mandou mensagem dizendo que tambem saiu mais cedo da faculdade.

Coloquei uma roupa fresca e sai de casa.
A pegarei na faculdade e vamos direto.

Quando cheguei, vi que Agatha estava sentada na calçada do lado de fora.
Buzinei e abri a porta do passageiro para ela.

Eu: Vamos? – perguntei sorrindo.

Agatha: Vamos sim, o shopping que me aguarde – falou dando risada.

Balancei a cabeça e segui em direção a toda essa felicidade de Agatha.

Capítulo 10

Fomos em todas as lojas existentes nesse shopping.
Agatha queria comprar tudo o que via pela frente. Até em lojas masculinas ela entrou.

Eu comprei só o nessessario, algumas calças e blusas.

Aproveitamos e paramos para comer um hambúrguer com fritas. Um lanche maravilhoso.

Estavamos sentadas na praça de alimentação conversando quando vi Draco.
No início me assustei e senti meu  meu corpo gelar, mas logo presumi ser apenas uma coincidência.

Apressei Agatha e logo fomos embora.
Mas por inconveniência do destino começou a chover.
Como não posso entrar em contato com a água, inventei uma desculpa qualquer para entrarmos.

Eu: Acabei de lembrar que tenho que comprar um presente para minha tia – falei apressada – e aniversário dela e eu me esqueci – bati a mão na testa e dei um sorriso amarelo.

Agatha: Não tem problema, acho que mais alguns minutos aqui não nos farão mal – brincou sorrindo.

Dei um suspiro aliviada e voltamos para dentro.
Entrei na primeira loja que vi e comecei a olhar.
Quanto mais enrolar melhor.

Me encantei com um colar de conchas e resolvi levá-lo para mim.
Enrolei o máximo possível e comprei apenas o colar.

Quando saímos da loja ainda chovia bastante.
Olhei para Agatha e vi cansaço estampado em seu rosto.

Eu: Não quero ir embora ainda, pega meu carro e pode ir. Você deve estar cansada – falei dando um sorriso de lado.

Agatha: Que isso, não vou te deixar aqui sozinha com Draco no mesmo ambiente que você – falou exaltada.

Eu: Pode ir, eu sei me virar – brinquei alegre.

Agatha: Não vou te deixar sozinha – afirmou cruzando os braços.

Suspirei frustrada e balancei a cabeça negativamente.

Eu: Você vai embora e não irá se preocupar comigo – cantei olhando em seus olhos.

Deixei o poder das palavras agir e vi seu corpo começar a andar em direção a saída.

Suspirei entediada e comecei a andar sem rumo.

O maldito estacionamento é a céu aberto, me impedindo de sair.
Ser uma sereia tem suas vantagens, mas também seus impedimentos.

Olhei o movimento das pessoas e me senti levemente vigiada.

Não pode ser Agatha, pois um feitiço de sereia não tem reversão.
Então olhei ao redor e procurei por meu suspeito vigia.

Uns 10 metros a distância de onde estava, vi Draco me olhando.
Senti meus pelos arrepiarem e meu estômago contrair.

Desviei o olhar do seu e comecei a andar novamente.
Segundos depois senti sua presença até as de mim.

Me virei e vi seu sorriso maldoso alargar.

Draco: Quanta coincidência não? – questionou irônico.

Eu: Infelizmente sim – falei sorrindo – agora será que dá pra parar de andar atrás de mim? – perguntei suspirando.

Draco: E perder a chance de ver essa bundinha linda, não – falou sorrindo.

Filho da….

Respirei fundo me acalmando e dei um sorriso inocente.

Eu: Essa bundinha linda vai bater na sua cara se você não parar de me seguir – avisei séria.

Olhei uma última vez para seu rosto e voltei a andar.

Se esse babaca acha que pode falar de mim assim, ele está muito enganado.

Me sentei em um banco e esperei por mais 3 horas a chuva passar. Mas ela não passou.

Já eram 8 horas da noite e nada. Estou quase dormindo sentada.

Senti alguém se sentar do meu lado e suspirei.

Xxx: Não sabia que o shopping é tão entediante a ponto de dormir aqui – ironizou a voz.

Arregalei os olhos e me afastei.

Eu: Não mandei parar de me seguir? – perguntei brava.

Draco: Não consigo deixar de seguir alguém tão bela – falou sensualmente.

Eu: Para tá Bom, não começa com isso de novo – falei fechando os olhos.

Inclinei minha cabeça e deitei em seu ombro. Já que está aqui ele tem que servir para alguma coisa.

Eu: Quando a chuva parar me acorda – bocejei sentindo seu cheiro.

Um cheiro bom, muito bom.

Draco: Nada disso – falou se levantando – levanta – ordenou com a voz fria.

Abri meus olhos e olhei descrente para ele.

Eu: Tá chovendo e eu estou sem carro – falei como desculpa.

Draco: Você vai comigo – falou sério.

Abri a boca para recusar, mas ele pegou braço e começou a me puxar.

Eu: Ei – reclamei tropeçando.

Ele anda muito mais rápido que eu com aquelas pernonas.

Parei quando a área coberta acabou e olhei para Draco.

Draco: Me espera aqui – mandou e sumiu entre os carros.

Esperei por uns cinco minutos e vi um belo carro preto parar em minha frente. ( midia)

A porta do passageiro se abriu e vi Draco me olhando impassiente.

Draco: Entra Blue – rosnou.

Olhei bem e vi que se entrasse iria me molhar.

Eu: Vou me molhar e molhar seu carro – falei apressada.

Draco rosnou e abriu sua porta com força.
Ele retirou sua jaqueta e andou até mim, me cobrindo.

Olhei sorrindo para ele e andamos rapidamente até o carro.

Quando já estava em segurança, olhei meu corpo e não vi nenhuma parte molhada.
Dei um suspiro de alívio e Draco começou a dirigir.

Dentro desse carro ele parecia mais imponente ainda. Uma bela visão devo admitir.

Capítulo 11

Mordi a boca e olhei pela janela, vendo que não estamos indo para minha casa.

Eu: Pra onde está me levando? – perguntei assustada.

Draco me olhou e deu apenas um sorriso sem emoção.

Ótimo, acho que estou sendo sequestrada.

Tentei permanecer calma e pensar. Com a chuva não tinha chances de fugir, então era esperar e ver onde me levará.

Alguns minutos depois o carro entrou em uma garagem bastante luxuosa.
Draco retirou o cinto e abriu a porta para sair.

Tentei abrir a minha e estava trancada.

Draco deu a volta e abriu pelo lado de fora. Olhei brava para ele e sai pisando duro.

Mas não andei muito, já que ele segurou meu braço e começou a me puxar até um elevador.

Um elevador bastante chique devo admitir.

Cruzei os braço irritada e bufei.

Draco: Se não desfazer esse bico vou morde-lo – ameaçou.

Olhei para ele e elevei uma sombrancelha em dúvida.

Sua mão foi até meu pescoço e me prendeu na parede.

Vi seu rosto se aproximar do meu e dar sorrir predador.

Draco: Eu avisei – falou antes de juntar sua boca a minha.

Arregalei os olhos e senti seus dentes puxarem meu lábio inferior.

Espalmei minhas mãos em seu peito e o empurrei para lonje.

Eu: Seu nojento – gritei passando a mão na boca.

Draco: Nunca mais duvide do que falo – disse frio.

Me virei de costas para ele e esperei o elevador abrir para poder fugir.

Draco: Não adianta emburrar esse lindo rostinho, logo logo estará pedindo mais que um simples beijo – falou em meu ouvido.

Senti meus cabelinhos arrepiando e bufei.

Eu: Nos seus sonhos – resmunguei.

Quando o elevador parou, Draco voltou a segurar meu braço e me puxou até uma porta de madeira branca.

Ele pegou uma chave no bolso e destrancou a porta, me dando vista a um lugar incrivelmente lindo.

Ele entrou e me jogou delicadamente no sofa.

Não estou nem ligando de estar em sua casa, esse sofá é confortável demais.

Eu: Porque não me levou para minha casa? – perguntei.

Draco: Porque não quis – disse grosso.

Eu: Seu ogro – disse me levantando – posso pelo menos ir ao banheiro? – perguntei novamente.

Draco apontou para uma escada e falou para seguir até a terceira porta.

Comecei a subir a escada e escutei um som de contentamento.
Me virei e vi Draco olhando minha bunda.

Lhe mandei o dedo do meio e subi rapidamente.

Quando entrei no banheiro vi meu reflexo destruído pelo espelho.
Suspirei cansada e resolvi procurar um quarto para dormir.

Se Draco me trouxe para cá, vai ter que me aguentar.

Olhei as outras portas e achei um quarto. Me deitei e em poucos segundos apaguei.

Quando acordei, senti algo macio em cima de mim.
Abri os olhos e vi uma coberta.

Me sentei confusa com o quarto diferente e me lembrei de Draco.

Olhei ao redor, verificando se estou sozinha e me levantei.
Tenho que ir para casa.

Sai do quarto e deci as escadas. Draco estava sentado no sofá conversando com alguém pelo telefone, mas assim que me viu desligou e colocou uma máscara de indiferença no rosto.

Draco: Acordou bela adormecida – ironizou se levantando.

Eu: Não, ainda estou dormindo e sonhando que mato você – respondi sorrindo.

Ele ergueu uma sombrancelha e se aproximou mais ainda.

Draco: Acho bom não se esquecer com quem está falando – avisou sério.

Eu: Com quem estou falando? – perguntei curiosa – um idiota que se acha o rei do pedaço ou um ogro desrespeitoso? – completei intrigada.

Draco rosnou e fechou as mãos em punho.

Eu: Olha obrigada por me ajudar ontem, mas estou indo embora. Agradeço pela pequena hospedagem e até nunca mais – falei correndo até a porta e saindo.

Entrei no elevador vendo Draco sair correndo do apartamento parecendo  um touro bravo e mandei um beijo para provocar.

Sai do prédio e comecei a correr pelas ruas.
Logo avistei um táxi e pedi para parar.

Assim que entrei dei meu enderesso e pude respirar aliviada.

Já em casa, olhei no relógio e vi que tinha 5 minutos para me arrumar e ir para a faculdade.
Me arrumei em tempo recorde e peguei outro táxi.

Deci uma rua antes e fui andando para não chamar a atenção desnessessaria de Draco.

Entrei no campus e fui procurar Agatha.
Essa mulher é uma beleza para desaparecer.

Fui até sua sala e a encontrei mexendo no celular.

Eu: Bom dia – cantarolei abraçando seu pescoço.

Agatha: Bom dia sumida – falou sorrindo – seu carro está em bom estado e perfeitamente estacionado – completou me fazendo gargalhar.

Eu: Muito bom – falei parando de sorrir – me desculpa por ter te arrastado para o shopping comigo – pedi.

Agatha: Que isso amiga, eu adorei – comentou balançando a mão no ar.

Conversamos por mais alguns segundos e fui para minha sala contente por não ter encontrado Draco no caminho.

Capítulo 12

Entediante!

Essa era minha descrição para a aula.
O professor está descontando sua frustração em todos os alunos que vê.

Não sei bem o porque, mas estou com vontade de sair da sala e me enfiar embaixo das cobertas.

Suspirei frustrada quando o professor mandou copiar a página de um livro desnessessario sobre caranguejos.

Vários angustiantes minutos depois, conseguimos sair para o intervalo.
Peguei uma empada e me sentei na mesa de costume para esperar Agatha.

De repente sinto meus pelos e arrepiarem e vi o motivo andando em minha direção.

Draco: Assuntos pendentes é o que não falta para você não é amorzinho – falou apertando meu pescoço delicadamente.

Olhei em seus olhos e coloquei minha mão por cima da sua.

Eu: Acho que está invadindo meu espaço pessoal – provoquei sorrindo calma.

Draco: Quero invadir muito mais que seu espaço pessoal amor – susurrou me fazendo arregalar os olhos.

Eu: Seu cretino – falei sentindo minhas bochechas corarem.

Sua mão deceu até meu braço, onde deu uma pequena apertada e saiu com seus amigos.

Eu: Esse cara é louco – murmurei sozinha.

Fiquei esperando Agatha por um tempão, mas ela não apareceu.
Estranhei e comecei a procura-la pelos corredores.

Por último fui até o banheiro e olhei as cabines.
Nada!

Deve ter acontecido algo e ela precisou ir para casa ou alguma coisa assim.

Dei um suspiro frustrada e me virei para sair. Ela podia ter ao menos mandado uma mensagem.

Assim que me virei congelei ao ver Draco me olhando sorrindo.

Draco: Um ótimo lugar para estarmos sozinhos não acha? – falou me prendendo entre a parede e seu corpo.

Eu: Me deixa sair por favor – pedi educada

Draco: Não pensa amor, só age – susurrou mordendo meu pescoço.

Fechei meus olhos e soltei um suspiro insatisfeito.

Eu não quero, mas meu corpo quer. Minha calcinha encharcada comprova isso.

Eu: Draco – gemi ao sentir sua mão decer até minha bunda.

Draco: Porra de bunda gostosa – rosnou me dando um tapa.

Prendi seu cabelo entre meus dedos e apertei ouvindo um rosnado seu.

Um rosnado animalesco devo admitir.

Deixei meu pescoço livre assim que senti beijos sendo depositados nele.

Esse homem tem uma pegada que santa lua. Mata qualquer um.

Eu: Draco para – sussurrei gemendo.

Draco: Só se me disser que não está gostando – provocou sorrindo malicioso.

Olhei para sua boca e balancei a cabeça.

Eu: Sai – falei empurrando seu corpo para lonje do meu.

Corri para fora e entrei na minha sala.

O resto do dia para mim foi um borrão. A única coisa na minha cabeça era Draco e suas mãos.

Quando cheguei em casa comi uma coisinha leve e fui para o mar.
Vou ver minha tia e pegar meu tridente.

Nadei até o castelo e passei pelos guardas.
Fui até a sala do trono e encontrei minha tia conversando com seus súditos.

Esperei por algumas horas e finalmente pude falar com ela.

A abracei e perguntei se está tudo bem.

Tatiana: Esta sim minha querida – falou calmamente – como vai sua vida na superfície? – perguntou curiosa.

Eu: Esta bem tia, apenas um pouco cansativa – respondi sorrindo – como todos reagiram a morte da mamãe? – perguntei triste.

Tatiana: Muitos reagiram bem, outros nem tanto – falou suspirando.

Dei um sorriso triste e me sentei a seus pés.

Ficamos juntas durante o resto da tarde. Aproveitando a compania uma da outra.

Quando me despedi fui até a sala de  riquezas do castelo e peguei meu tridente.

O transformei em um anel e coloquei no dedo. ( mídia )

Quando voltei a superfície, vi que anoiteceu.
Como temos visão noturna dentro d’água, quase não percebemos quando escurece.

Voltei para casa e tomei um banho demorado de banheira.
Sequei a calda com um secador e me deitei.

Enquanto não dormia fiquei olhando meu anel e pensando em Draco.

Aquele maldito conseguiu entrar em minha cabeça e confundir todos os meus pensamentos.
O que aconteceu no banheiro não deveria ter acontecido, mas eu gostei e muito.

Draco tem uma pegada firme e que encanta qualquer uma. Até mesmo a mim.
Por mais que odeie falar, esse homem já ganhou um pedaço do meu coração e isso me preocupa.

Publicado por Cris_Bulls

Escritora e leitora

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